FLUXO

A escultura  é uma das mais antigas artes visuais na história humana. Por todas as épocas, a escultura tem se desenvolvido em diferentes culturas.

No século XX, formas e esculturas se desenvolveram a partir do Cubismo, da Abstração e do Construtivismo. Novos materiais e técnicas fizeram e fazem da escultura uma das artes mais versáteis e duráveis do mundo.

Nesse contexto, a produção artista de Elisa Zattera, se destaca na utilização de materiais industrializados, resina e fiberglass. A artista dá a esses materiais movimento e leveza, gerando planos e linhas condutoras de energia. Nesse “Fluxo”, movimento, o espectador é convidado a acompanhar o deslocamento da linha e/ou forma como uma fita de Moebius, se há um início, um meio e um fim, não se percebe – de cada ângulo, um ponto de vista único. O olhar perde-se na trajetória…o fim da linha não é o limite, é apenas um recomeço…o dentro é o fora e vice-versa.

Este fazer resulta em 10 obras da Exposição FLUXO, que apesar do caráter abstrato, percebe-se uma similaridade com o feminino, um tema recorrente no processo criativo e na produção artística de Elisa. O conjunto de obras a ser apresentado virtualmente pelo Sesc, abordará diferentes desafios tanto no que se refere às dimensões quanto aos materiais experimentados.

As esculturas produzidas variam de formatos pequenos de 30cm até uma obra que poderia ser instalada em local público 1.50m de altura. Durante seu processo, Elisa vem se aproximando de diferentes materiais como: ferro, resina poliéster, resina com cargas minerais, fiberglass e poliuretano.

A diversidade técnica da artista também reverbera num modo diferente de nos relacionarmos com as obras, convidando nosso olhar a deslocar-se pelas curvas e linhas, pelas cores e transparências, pelos pontos de encontro e os eixos que ao mesmo tempo que tornam as obras únicas em sua forma também evidenciam uma unidade na linguagem proposta por Elisa.

Elisa Zattera

Elisa Zattera, graduada em artes plásticas pela Universidades de Caxias do Sul – UCS. Foi professora de Ensino da Arte na rede municipal por 8 anos. Em busca de aperfeiçoamento, Elisa realizou diversos cursos como: pintura acrílica, pintura a òleo, papel machê e  escultura com o escultor Mario Cladera. E nesse processo de criação, buscou com a Dra. Silvana Boone curso de Orientação de Projetos.

A artista, antes do que propor o domínio da massa, do volume, num estudo racional e calculado, gera planos e linhas condutoras de energia. Seu tema e a argamassa de sua arquitetura são a imaterialidade a fluir, que é então plasmada em linhas e planos e é feita gesto registrado no espaço. Este fazer resulta em obras que, a pesar do seu caráter abstrato, carregam na sua elegância e dinamismo a lembrança do corpo feminino. (Mario Cladera)

A artista se utiliza de vários suporte em suas obras, como: aço, madeira,  poliuretano, resina, fibra de vidro entre outros.

Elisa realizou diversas exposições de arte individuais e coletivas, como a exposição Individual Arte à Flor da Pele, realizada em maio de 2010 em SC, na Fundação Cultural de Balneário Camboriú, participou da Exposição Folclore Brasileiro na Arte do Século XXI em SP, foi convidada a fazer parte da exposição Encontros de Bruno Segalla, realizada na Galeria Municipal de Arte Gerd Bornheim.

Em maio de 2016, realizou a Exposição individual  Em Movimento na Galeria de Artes do Campus 8 da UCS. Em dezembro participou da Exposição SOU, a força feminina com esculturas de 4 mulheres escultoras caxienses; realizada na Galeria de Arte do Centro Cultural Ordovás. Fez parte de um coletivo de artistas, chamado 005arte, responsáveis pela descentralização da arte através de diversos projetos como  a I Feira de Arte, Arte com Café e Intervenções Estéticas. 

Em maio de 2018, realizou a Exposição individual Corpo Oculto na Galeria Municipal de Arte Gerd Bornheim. Em maio de 2019, a Exposição Corpo Oculto, foi realizada no Espaço IAB de Porto Alegre. Em outubro do mesmo ano, participou da Vitrine Conceito realizada na Galeria Arte Quadros, em companhia da artista Madia Bortolucci.

Narração

Obras

A rigidez da escultura e o seu estado estático pode conduzir o pensamento na direção contrária à ideia de movimento. Na sutileza das linhas curvas e em movimentos aéreos da linha, ora retorcendo-se, ora encontrando-se, percebe-se uma similaridade com o feminino, um tema recorrente do processo criativo e da produção da artista (Sivana Boone)

   

EZA 519

Ano: 2018

Técnica: Resina poliéster com pigmento

Dimensões: 46 h x 38 larg x 75 comp.

     
   

EZA 455

Ano: 2019

Técnica: Resina poliéster com pigmento

Dimensões: 52 h x 23 larg. X 25 prof.

     
 

EZA 531

Ano: 2017

Técnica: Ferro com cobertura em fiberglass e pintura automotiva.

Dimensões: 80 cm de diâmetro

     
   

EZA 726

Ano: 2021

Técnica: Poliuretano com revestimento em fiberglass e pintura automotiva

Dimensões: 39 cm de altura X 37 cm de largura X 34 cm de profundidade

     
   

EZA 467

Ano: 2017

Técnica: Resina poliéster cristal

Dimensões: 19 h x 50 larg x 29 prof. 

     
   

EZA 737

Ano: 2021

Técnica: Poliuretano com revestimento em fiberglass e pintura automotiva.

Dimensões: 90 h x 27 x 22  

 

EZA 715

Ano: 2020

Técnica: Poliuretano com revestimento em fiberglass, ferro e pintura com oxidação.

Dimensões: 60 h x 45 larg. X 46 prof.

 

EZA 387

Ano: 2016

Técnica: Resina poliéster com pigmento

Dimensões: 45 h x 30 larg x 23 prof.

 

EZA 743

Ano: 2021

Técnica: Ferro e poliuretano revestido de fiberglass, com cobertura em resina poliéster e cargas minerais.

Dimensões: 1.50 h x 80 larg x 65 prof.

 

EZA 541

Ano: 2017

Técnica: Resina poliéster cristal

Dimensões: 22 h x 38 larg x 30 prof.

Exercício de Mediação