Ijuí recebe o músico Richard Serraria para palestra do projeto Sonora Brasil 2018

O Brasil é tão vasto e plural que é difícil conhecer todas suas peculiaridades. Por isso, o Sesc Ijuí traz à cidade uma palestra sobre um dos gêneros mais importantes do nordeste brasileiro: o Coco. A união de ritmo, dança de roda e palavra cantada, faz do estilo um dos mais particulares do país. O músico e ativista Richard Serraria apresentará no dia 20 de junho, a partir das 19h, no Teatro do Sesc (Rua Crisanto Leite, 202), a palestra “Na pisada dos Cocos”, que explanará sobre a história desta herança da cultura negra e indígena. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone (55) 3332-7511. Mais informações estão disponíveis no site www.sesc-rs.com.br/ijui e na página www.facebook.com/sescijuirs.   

Segundo Serraria, o Coco é um diálogo entre cantadores e o coro, responsório acompanhado de tambores e outras formas rítmicas como passos e palmas que percutem. O Coco é da grande família musical dos batuques, sambas, jongos, caxambu, tambor de crioula, samba de roda. No formato de palestra consiste em vídeo projeção e audições comentadas, o cancionista porto-alegrense percorrerá as várias camadas do gênero.

Com o tema “bandinhas e fanfarras”, o projeto Sonora Brasil busca envolver profissionais de vários segmentos como jornalistas, professores, historiadores, pesquisadores e músicos, além do público em geral. A ação será didática com uma performance de Serraria com violão e percussão para a demonstração de cânticos. Serraria é cancionista porto alegrense, percussionista ligado ao tambor sopapo e fundador da Bataclã FC e Alabê Ôni, além de Educador Popular, “artivista”, Doutorando em Literatura Brasileira na UFRGS, com cinco prêmios Açorianos de Música em 20 anos de carreira musical.

Sobre o Sonora Brasil – Promovido pelo Sesc, o projeto é considerado o maior do País em circulação musical e, em 2015 promoveu 480 concertos em mais de 130 cidades brasileiras. O Sonora Brasil cumpre a missão de difundir o trabalho de artistas que se dedicam à construção de uma obra não comercial. A formação de plateia é o que se busca por meio do contato do público com a qualidade e a diversidade da música, estimulando o olhar crítico sobre a produção e os mecanismos de difusão da música no país.

Todas as apresentações são essencialmente acústicas, valorizando qualidade sonora das obras e de seus intérpretes. Desde a sua primeira edição, em 1998, já passaram pelo projeto cerca de 80 grupos em mais de 3.900 apresentações por todo o país, alcançando um público superior a 520 mil espectadores. No Rio Grande do Sul, as atividades do Sonora Brasil integram a agenda do Arte Sesc – Cultura por toda parte.